Comboio da meia-noite…

10152416_10203501248397940_7215815602728772333_n“Viseu à noite é pantufas e lareira”, esta afirmação tem cerca de 30 anos e foi produzida por um ex-Presidente da Região de Turismo Dão-Lafões, já falecido. Polémica q. b. na altura, até porque não era bem assim, correspondia uma visão pouco clara que a sociedade de então tinha sobre a dita indústria da “noite”…

Hoje, passadas 3 décadas e várias gerações, o panorama é completamente diferente.

Viseu apresenta, hoje, uma “noite” multifacetada, dinâmica e dotada de uma pujança surpreendente para uma cidade dita do interior. Com casas para todos os gostos, potenciadas por uma comunidade estudantil que movimenta de sobremaneira a semana, os ditos “nativos” fazem dos fins-de-semana uma autêntica “movida” viseense, com múltiplos pontos de interesse e atracção, centrados básicamente na zona do Politécnico, Ribeira e centro histórico.

Seria interessante perceber o peso deste sub-sector na economia local, que estou seguro, não é dispiciente.

Tal como noutros sectores da economia, também neste, os agentes económicos têm preocupações específicas da actividade, que se cruzam com as preocupações gerais de qualquer sector. Questões como o policiamento e segurança, os horários e licenças são sensíveis e merecem ou deviam merecer uma atenção particular por parte dos empresários e, sobretudo, das autoridades e entidades responsáveis. Só a o diálogo e a conjugação de esforços entre todos pode levar a que esta “movida” viseense não pare, que continuemos a ser visitados por muitos e muitos turistas que não se limitam ao “conhecimento” mas que buscam, também, um pouco de alegria e diversão.

Muito longe estamos da quase verdade da frase inicial…

(Artigo publicado na Ed. de Jan/Fev/Mar 2014 da revista STUDIO BOX)

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